15 de agosto de 2020

NEM TUDO SÃO FLORES EM GARANHUNS. DO BONITO AO DESPREZÍVEL

Confesso que mesmo sempre frequentando a cidade de Garanhuns, ontem, sexta-feira, 14 de agosto de 2020, fui conhecer pela primeira vez o Alto do Columinho, onde você vai encontrar duas paredes perpendiculares, tendo a imagem de Jesus Cristo crucificado ao centro.

O alto do Columinho, por se tratar de um atrativo turístico religioso, busquei entender sua importância para a religiosidade do lugar. Existem 15 estações ilustradas que perfazem todo o trajeto até um santuário, simbolizando a Via Crucis de Cristo até seu flagelo na cruz.

Do alto do Columinho (um santuário dedicado à São Cristóvão,) pode-se ter uma visão panorâmica da cidade de Garanhuns. O ponto turístico é importante e bonito, mas pelo que vi in loco, muito maltratado. Encontrei muito lixo acumulado (culpa do povo ou do poder público que não limpa?), bancos sujos, plantas morrendo sem os cuidados necessários, rachaduras nos locais onde servem de jardim, sem placa educativas e sem gente parar contar a história do lugar.

Acompanhado da minha mulher e os meus filhos Asyha e Eros (que fez essa foto), pudemos ver um grande descaso com a cultura e o turismo, pelo menos desse local. Logo refleti que esse seguimento chamado de "turismo religioso" não tem sido prioridade pelo poder público de Garanhuns.

Do tempo que visitei, parei, fotografei, não vi uma placa sequer falando sobre a história desse ponto turístico de Garanhuns. Para quem vai a primeira vez, não basta fazer os registros fotográficos, mas saber toda a história do lugar, tipo, quem construiu, quando construiu, por que construiu e qual o significado daquele atrativo turístico, etc. Para finalizar, vi muito desprezo com esse local de Garanhuns, conhecida como a cidade das Flores. Ah, por falar nisso, vi umas poucas flores murchas... 

Diferentemente do que vi no alto do Columinho, encontrei no coração de Garanhuns, uma equipe da prefeitura pintando o relógio das Flores e limpando a praça Tavares Correia. Uma realidade totalmente sinistra do que vimos há menos de 800 metros.

Que dizer que o poder público de Garanhuns trabalha pela metade? Cuida das praças que ficam no centro e as que estão na região mais distante do centro ficam abandonadas. Quer dizer que preservam o lado "fantasioso" da cidade? Foi o que entendi. 
Ah, não fui visitar o Cristo do Magano, por que recebi a orientação que não fosse e se tivesse coragem, não saísse do carro, senão seria assaltado a luz do dia, devido a falta de segurança, como já aconteceu com outros turistas. Que impressão eu e tantos outros turistas podem levar de uma cidade assim?

Bom, o city tour por Garanhuns foi completado no castelo medieval de João Capão, que faleceu há menos de uma década no auge dos seus 81 anos de idade e não concluiu a obra. Impressiona não é somente o tamanho da obra, mas o desprezo que o poder público local da para esse atrativo turístico. O castelo foi construído por recursos próprios do seu João e hoje se mantém com a taxa de 1 real por visitante e a venda de artesanato dentro do próprio castelo que é conhecido nacionalmente. Por que tanto desdém com o castelo pelos setores turísticos locais? É bom lembrar que o referido castelo está no Inventário Turístico de Pernambuco.

Em frente ao castelo de João Capão está a capela de João está a capela de São João Batista, que tem sua arquitetura de estilo europeu. Não fui informado e não encontrei nas pesquisa que fiz, mais detalhes sobre essa capela.
Por fim, essa é minha opinião como turista, visitante dos atrativos turísticos e Garanhuns. Espero que a cidade num viva somente do turismo de eventos, mas que façam um trabalho paralelo com outras categorias de turismo, por que opções não faltam.
Ponto, falei.

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