29 de janeiro de 2020

Rainha Isabel pede: Olhai por nós (por PIÚTA)

Alexandre Piúta


A ideia de receber mensagens com sugestões de pautas para tem sido bastante interessante, a gente recebe muitas mensagens com tudo que é tema, há de tudo, de elogio até a crítica ácida. Mas, no mundo atual, uma condição para saber como estamos sendo percebidos é estarmos abertos para receber avaliação e a crítica justa.

Já abordei nesse espaço questionamentos muitos temas da nossa cidade. Hoje juntei uma série de mensagens vindas da região de Rainha Isabel sugerindo temas que, segundo eles, têm merecido pouco cuidado naquele que é o nosso maior distrito, com mais de 12 mil habitantes, distrito maior do que cidades como Terezinha, Brejão e Lagoa do Ouro.

A abrangência de sugestões mostra, em primeiro plano, a ausência ações administrativas e nem mesmo o asfaltamento da estrada, que finalmente está sendo feito, parece ser suficiente para melhorar a expectativa das pessoas. 

Entre os temas que pedem para abordar muitos lembram da ausência de policiais numa comunidade com mais de 12 mil pessoas. Falam da ausência de médicos na maior parte do dia, pois os dois que existem trabalham apenas na parte da manhã, das 8 às 13 horas e depois desse horário não há um enfermeiro sequer para atender qualquer necessidade que apareça.
Como qualquer outra aglomeração urbana Rainha Isabel tem suas crianças que, segundo informam as mensagens, não existe creches para mais de 200 delas, entre 3 e 5 anos. Cobram que fale da falta de escola de 2º grau, pois o que existe, segundo dizem, é uma sala sem condição de uso onde se amontoam adolescentes e que a promessa do governo do Estado de fazer uma escola modelo não foi cumprida.

Na região da mata, Rainha é a nossa fonte de água e de terra fértil. Mas, parecendo ironia, as mensagens dizem que não há qualquer plano de incentivo à agricultura familiar. 

Que a Barragem do Bálsamo, cheia com águas dos rios que nascem lá, fornece água para vários lugares, mas não tem uso pelos moradores locais, que se ressentem de projetos de pequenas irrigações e melhoria nas práticas agrícolas. 

Há também ainda cobrança de espaço de lazer para jovens locais e um tema que me chamou a atenção, segundo informam, é que eles não têm qualquer sinal de TV do Estado de Pernambuco.
Bem, pedir para que se sugira pauta tem disso, não há como segurar a expectativa e até alguns exageros, mas pela quantidade de sugestões recebidas é possível depreender que deve haver muito de verdadeiro nas mensagens das pessoas que moram ali. 
Das informações é possível perceber que as pessoas esperam medidas que melhorem o local que escolheram para viver. E, pelo que entendi de muitas delas, eles pedem o mínimo, ou seja, pedem medidas que possibilitem condições mínimas para os que vivem ali. Indo um pouco além, cobram ações esquecidas por seguidos gestores da cidade.

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