890 bilhões da Reforma da Previdência sairão dos que ganham até 2 mínimos POR ALEXANDRE PIÚTA


A proposta de Reforma da Previdência do Governo Bolsonaro finalmente mostrou quanto ele quer tungar da pobreza para diminuir o que chama de “privilégios”. Do total de R$ 1,2 trilhão de reais anunciados, mais de R$ 890 bilhões ou 72% de toda a reforma sairá de quem ganha até 2 salários mínimos. 

Ou seja, os “privilegiados” que ganham até R$ 1.996,00 reais por mês pagarão sozinhos quase toda a reforma desejada pelo governo, sendo R$ 686 do Regime Geral – RGPS, R$ 169,4 bilhões do abono do Pis/Pasep, mais R$ 34,8 bilhões do BPC.

Se considerarmos apenas os que ganham a bagatela que vai até R$ 998,00, ou seja, como chama o governo os “menos privilegiados”. 

Estes terão que arcar em dez anos com o valor correspondente a R$ 560 bilhões de reais ou 45% do valor que o governo deseja arrancar com a Reforma. Um escárnio com a população pobre, revelador da falta de sensibilidade dos que dirigem o país. 

Pior ainda é o abuso e o desrespeito ao afirmarem a toda hora que a intenção é beneficiar os pobres. Como, se são os pobres que pagarão a maior parte da conta da Reforma.

Os dados vindos a público mostram que não há intenção do governo de tratar as distorções existentes no sistema. Revela, por outro lado, que a estratégia é tornar o país mais desigual. 

Os dados da Reforma levam a esse raciocínio, pois é difícil entender como os líderes do governo anunciam sem constrangimento que a população de menor renda e de menor poder aquisitivo, com ganhos de até 2 mínimos, será penalizada com o pagamento da quase totalidade da reforma que está em discussão.

Os efeitos da proposta do governo vão além. Quando o quesito é o impacto nos municípios país afora, significa retirar dinheiro de 71% deles, cidades onde os recursos com origem no Sistema de Previdência - INSS é maior o Fundo de Participação do Município. 

E, diminuir desses recursos significa aumentar as dificuldades das pequenas comunidades de todo o país, principalmente daquelas que têm nos benefícios de prestação continuada - BPC, Abono do Pis/Pasep e Benefícios de Aposentadoria as principais fontes de recursos para dinamizar a economia local.

A discussão em torno da mudança radical do Sistema de Previdência para capitalização também não se sustenta quando se observa os países que adotaram o mesmo modelo que é defendido pelo Ministro da Fazenda. 

No país que inspira a equipe de governo e mais conhecido entre nós, o Chile, a informação de que renda per capita lá supera a do Brasil, não é revelador do que efetivamente acontece naquele país. 

Os dados, quando avaliados mais perto, mostram que os 10% mais pobres do Chile detêm apenas 1,7% da riqueza, enquanto os 10% mais ricos ficam com 42%. E, se a comparação for entre os 5% mais pobres com os 5% mais ricos, o dado é mais alarmante e revela a diferença de riqueza de mais de 800 vezes entre os dois segmentos.

Na previdência do Chile, a situação é degradante e tem sido denunciada de todas as formas. O governo daquele país não teve alternativa e se viu obrigado a adotar medidas para socorrer os pobres que se veem sem benefícios 40 anos depois de reforma de 1981. 

O sistema como se sabe não tem atendido às necessidades básicas das pessoas, representando um desastre para aposentados que recebem 30% do salário mínimo.

O Chile, como o Brasil, se encontra entre os países de piores distribuição de renda do planeta. E, se queremos referência para o nosso futuro, por mais que se goste daquela nação, ela não pode se tornar a referência a ser seguida, pois como se sabe as disparidades sociais e a distribuição de renda lá são tão desiguais quanto o que tem no Brasil e, isso não pode ser definitivamente o que desejamos como caminho.

O Brasil acompanha perplexo as decisões nos quatro meses de governo, medidas que atacam diretamente pobres e necessitados do país. 

Tudo em nome de ajuste de contas do governo, sempre punindo os que têm menos riqueza, enquanto para a parcela de 1% da população que detém em média 36 vezes mais riquezas que os outros 50% de todos os Brasileiros nada foi requerido para o ajuste das contas do país.

Somam-se ao arrocho proposto na Previdência o congelamento do valor do Bolsa Família e o fim de reajuste real do salário mínimo. 

Decisões que atingem em cheio a pobreza e as cidades médias pequenas do país, onde o salário médio se encontra em torno de R$ 1,5 mil mês, nas quais o congelamento da renda representa agudização da crise financeira, aumento do número de miseráveis e da violência em decorrência da falta de condições mínimas de sobrevivência das pessoas.

As experiências de outros países ensinam que reformas do sistema de proteção social não pode ser um custo apenas dos trabalhadores, elas são sempre parte de uma discussão envolvendo todos os atores sociais, diferentemente do que tem sido o nosso debate, no qual se busca a solução apenas em um dos elos da relação de trabalho, penalizando trabalhadores, enquanto que para o seguimento empresarial são anunciados benefícios como a desoneração da responsabilidade com previdência  a sem uma avaliação sequer dos impactos dos custo de transição.

O custo de transição, que não é pequeno, não se discute porque na hora que vier a público será um escândalo e mostrará que os valores são estratosféricos. 

As experiências em países que migraram mostram que o custo pode chegar a 1,5 vez o PIB do país e até mais, valores que seriam para o Brasil próximos a R$ 10 trilhões. E, isso é bem diferente dos números até aqui revelados, conta escandalosa que o governo insiste em esconder.

O custo para migrar de sistema precisa ser explicitado e explicado, pois no final das contas, o gasto para cobrir o buraco que a medida vai gerar será da sociedade. 

O país não pode assistir a transferência de riqueza para o sistema financeiro, que lucrará com as administradoras de planos, sem avaliação séria das consequências.

Do governo, o mínimo que se espera é seriedade para reconhecer que o novo sistema está fadado a pagar valores menores que o salário mínimo. 

Não é à toa que se apareceu um termo novo no vocabulário popular “valor nocional”, ou traduzindo: as aposentadorias de todos os brasileiros serão de salário mínimo. É isso que está em jogo no debate acerca da Reforma da Previdência no Congresso Nacional.


Francisco Alexandre é ex-diretor de administração da Previ e ex-diretor superintendente da BRF Previdência.

INSEGURANÇA EM BOM CONSELHO E NO ESTADO DE PERNAMBUCO É ALARMANTE

Não diferente do resto do País, a cidade de Bom Conselho ultimamente vem registrando vários casos de roubos a residências, assalto a mão armada, furtos e drogas sendo comercializadas por menores de idade. O que só faz alavancar esses índices é justamente a impunidade. Na região central da cidade, especialmente nas proximidades das agências bancárias, o perigo tem se alastrado. 

O cidadão deve ter muita cautela na hora de fechar negócio e ser muito discreto quando for aos bancos, por que existe vagabundos, olheiros de plantão tão somente "tirando o serviço" para depois executar algum tipo de ação criminosa, como ocorreu com uma empresária da cidade nas últimas horas. A droga está rolando solta na cidade. Tem muito malandro só de olho nas residências esperando um vacilo dos donos para cometer tais crimes.

Todo cuidado é pouco!

JUIZ SUSPENDE COMPRA DE 2 MIL PÊNIS DE BORRACHA PARA FACULDADE DO PAIUÍ

VAI PRO ESPAÇO
Amostras do curativo com pele de tilápia, desenvolvidas em uma ampla pesquisa da Universidade Federal do Ceará (UFC), serão enviadas ao espaço pela Agência Espacial Norte-americana (NASA). 

A iniciativa permitirá que o material biológico da pele do peixe, utilizado principalmente na reconstrução da pele humana em casos de queimadura, passe por testes em órbita.

AINDA NÃO SACARAM
Os trabalhadores que ainda não sacaram o Abono Salarial ano-base 2017 têm até o dia 28 de junho para procurar uma agência bancária e retirar o dinheiro. Mais de 2,33 milhões de pessoas com direito ao benefício ainda não resgataram o recurso. Elas representam aproximadamente 10% do total. O valor disponível para saque chega a R$ 1,53 bilhão.

GREVE
No próximo dia 15 de maio será realizada a “Greve Nacional da Educação”, data em que professores, estudantes, técnico-administrativos (as) vão paralisar as atividades em todo o país contra os sucessivos ataques do governo Bolsonaro ao setor e contra o desmonte da educação pública, gratuita e de qualidade.

ARRASTÃO
Em Triunfo Potiguar Bandidos derrubam transformador do estádio Gilenão, rouba o cobre e deixam só a carcaça no chão.

CONDENADOS
A  Justiça condenou dois irmãos, moradores da cidade de Riachuelo, na região Agreste potiguar, pelos crimes de estupro e atentado violento ao pudor contra três crianças e adolescentes com idades entre 10 e 13 anos. Conforme a condenação, o crime aconteceu entre 2008 e 2009.

SERÁ
Vereador de Chapadinha/MA diz que TCE tem vários conselheiros corruptos.

NO PARÁ: Foi realizada uma cirurgia de vesícula na paciente, quando deveria ter sido uma cirurgia de hérnia umbilical.

NO PIAUÍ: Homem é preso em flagrante após furtar botijão de gás em Parnaíba.

Juiz suspende a compra de cadeiras e 2 mil pênis de borracha para a Uespi

Uma licitação de 241 itens de compras de móveis e acessórios da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) foi suspensa na segunda-feira (23) antes da abertura das inscrições de empresas. 

O edital previa, entre outras coisas, a compra de acessórios anatômicos do sistema reprodutor, como 2 mil pênis de borracha. 

Mas o que chamou a atenção do juiz foi a solicitação de 400 mil cadeiras para a instituição com 28 mil alunos - uma proporção de 14 cadeiras por aluno.

Bom Conselho e seu inverno 2024

Por volta das 11 horas da manhã desta terça-feira, 09/07, a região sudoeste de Bom Conselho ficou assim, puta neblina. ...