9 de dezembro de 2019

POETA AUGUSTO DOS ANJOS ERA IMPACIENTE E DETESTAVA A HIPOCRISIA


O mês de dezembro poderia ser intitulado do "mês da hipocrisia humana". Tem gente que passa o ano todinho falando mal dos outros, xingando, esculhambando, desejando o mal o tempo todo (a gente ver isso dentro da própria família), mas quando chega esse mês, vem com a cara de "taquara rachada", com o maior cinismo do mundo, com um presente disfarçado e desejando feliz Natal, etc., etc. 
Gente assim eu mando se lascar!
Chega de hipocrisia!

Tem gente que passa o ano todinho sem falar com você, mas quando chega em dezembro quer vir da uma de amigo... Por mim, tem que continuar não falando e bem distante...
Pessoas assim, devem ser ignoradas, distanciadas, vistas como um zero a esquerda. 
Chega de hipocrisia!

Alguém que ler isso, pode achar que estou disseminando ódio, mas não é. Retrato apenas uma realidade nua e crua do nosso cotidiano.

Mantenha-se distante de pessoas de energias negativas. Isso se você desejar seu próprio bem!

Ah, quer ver mais hipocrisia e muito lobo em pele de Cordeiro? Deixa chegar o período eleitoral!

O poeta paraibano da cidade de Sapé, Augusto dos Anjos, que viveu apenas 30 anos de idade e deixou apenas um livro publicado, foi considerado o "poeta de tudo que é morto", que odiava a hipocrisia, escreveu em um dos seus poemas intitulado de IDEALISMO, tudo sobre o que citei acima.
Olha, que Dos Anjos, nasceu em 1884 e naquele tempo ele já escrevia nossos tempos atuais.

Leia a seguir o poema IDEALISMO
Idealismo
por Augusto do Anjos, falecido em Leopoldina/MG

Falas de amor, e eu ouço tudo e calo!
O amor da Humanidade é uma mentira.
É. E é por isso que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.

O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira
É o amor do sibarita e da hetaíra,
De Messalina e de Sardanapalo?!

Pois é mister que, para o amor sagrado,
O mundo fique imaterializado
— Alavanca desviada do seu fulcro —

E haja só amizade verdadeira
Duma caveira para outra caveira,
Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!

Não é coincidência pensar como o referido poeta paraibano...

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