Encontrei na cidade de Princesa Isabel, sertão da Paraíba, um gigantesca rocha granítica denominada de Pedra do Sino, pela sonoridade que sai quando você a toca com outra rocha.
Esse atrativo turístico está numa propriedade particular e que está inclusa no Circuito Som das Pedras que ocorre anualmente em dez municípios do interior da Paraíba.
A pouca chuva que caiu nos últimos dias foi suficiente para deixar o cenário ainda mais bonito. Esse resto de uma colchão de mola me fez lembrar dos tempos de "vacas magras" que já vivi.
Mesmo entre as rochas é comum encontrar algum tipo de vida, como por exemplo, cactos e alguns tipos de répteis. Nos arredores do grande lajedo, tem vários pés de tamboris, inclusive, trouxe várias sementes para plantar.
As vargens do tamboril tem o formato de uma orelha de macaco. Trouxe algumas para plantar no sítio em Alagoas. O tamboril é uma árvore pertencente à família Fabaceae. Apesar disso, é muito utilizada na fabricação de objetos como móveis, brinquedos e artigos decorativos, pois é de fácil manejo e acabamento.
Não tem como não se encantar com o simples lugarejo denominado de Pedra do Sino. As formações rochosas nessas bandas da Paraíba, não se ver em qualquer lugar do mundo.
Pedra do Guiné, no sítio Laje, zona rural do município de Princesa Isabel está numa localização privilegiada na linha limítrofe dos estados da PB/PE.
Ganhei de presente da dona Antônia Brasil, sementes do Tamboril. Uma dona de casa simples, humilde, mas de um coração enorme. Ela mora num lugar privilegiado com cenários naturais de tirar o fôlego. Vale a pena conhecer.
Ainda tem homem que deseja ser o boi... Olha o tamanho dos chifres! Em meio a vegetação de caatinga arbustiva, o pouco gado que vi busca encontrar alimentação, quando toda a área é tomada por juremas e catingueiras.
Não troco meu sertão nordestino por capital nenhuma. Esse é o lugar! Esse é o cenário! Imagine, 09 horas da manhã, temperatura beirando os 35 graus, ouvir a cantiga das cigarras e pode tocar em rochas que tem vários tipos de sons... Isso, não é para qualquer um, não.
Depois do trabalho, filmagens, fotos, catalogação de relatos históricos, chegou o momento de se hidratar... O lajedo onde fica a Pedra do Sino, é propício para fazer acampamento noturno.
Não custa nada um descanso debaixo de uma rocha assim que serve como filtro solar. O vento passando por baixo da rocha faz a limpeza naturalmente e a rocha na parte inferior é bem fria.
Os antigos caçadores da região ficavam hospedados debaixo dessa rocha que tem o formato de uma loca, por isso o nome de Pedra da Loca, rodeada de xique-xique.
Por alguns minutos, debaixo de um pé de tamboril, no terreiro da casa da senhora Antônia Brasil, encontrei esse balanço que muito brinquei na minha infância. Foi um momento único!
Encontrei um pé de umbuzeiro carregado de frutos verdes, quando for na Semana Santa estarão madurinhos. Interessante, que boa parte da sua raiz está acima do solo, como se rastejasse a procura de alimento.
A água acumulada num caldeirão natural em cima do lajedo é o resultado das últimas chuvas caídas na região.
Ao contrário das madeiras-de-lei, o tamboril é suscetível ao ataque de fungos, cupins e insetos de madeira seca. Nessas minhas pesquisas, encontrei lugares que o único adjetivo se define como obra prima do Criador do Universo.
As ruínas da capela de Nossa Senhora do Desterro fazem parte da história religiosa do lugar. Segundo moradores há botijas de ouro no entorno, inclusive, há uma local que tem dois pés de umbuzeiro que é mal-assombrado.
Nessa região da Paraíba há uma grande variedade de tamboris. Esse tipo de árvore tem origem brasileira, típica das matas da região do Pará, Pernambuco, Acre, Bahia e Mato Grosso. É uma árvore frondosa, sem cheiro, de cerne marrom-claro a cinza-rosado.
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