Retirar dinheiro dos pobres é retirar água no moinho da economia
Neste espaço já falei mais de uma vez que não se aquecerá a economia retirando mais dinheiro de circulação. Mas o Ministro da Economia só observa esse caminho. Aliás, o Ministro Paulo Guedes parece ver nos pobres um alvo a perseguir. Foi assim na reforma da previdência e agora nas medidas chamadas de Reforma do Estado, onde propõe que as pessoas em seguro desemprego paguem tributos em benefício dos empresários que serão desonerados do tributo.
O Brasil é a décima economia do mundo, com PIB Per capita de R$ 32 mil em 2018, ou seja, a média do que é produzido por pessoa ano no país. Mas, atenção com esse número pois quando o tema é a renda per capita familiar, o dado é outro, ou seja, R$ 16.470 ano, em 2018. O que mostra a disparidade entre a riqueza produzida é o que a população efetivamente tem como salário em suas casas.
A pesquisa do IBGE, Síntese dos Indicadores Sociais de 2018, mostrou que mais de metade da população brasileira vive com R$ 414,00 reais mês. Enquanto nos dez por cento mais ricos a média por pessoa é de R$ 4.229. As famílias pobres são em 3,5 pessoas, enquanto os ricos têm 2,3 em média.
Os dados do levantamento do IBGE mostram também que é a parcela do andar de baixo que consome enquanto os ricos poupam, ou seja, estes guardam o dinheiro. E, medidas como as adotadas pelo governo sinalizam em outro sentido, diminuindo ainda mais o poder de compra dos pobres. As ações Ministro da Fazenda, mais parece com as dos tempos de Delfim Neto, o lema era “esperar o bolo crescer para distribuir”, só que o bolo nunca crescia.
Centrar ações de reequilíbrio das contas públicas na base pirâmide social, não é o melhor caminho, pois significa retirar dinheiro da população que retorna tudo que recebe para o mercado. Além de ser um caminho que não diminui a desigualdade gritante do nosso dia a dia.
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