8 de novembro de 2019

População sofre com falta d’água e de ação de seguidos governos (por PIÚTA)

População sofre com falta d’água e de ação de seguidos governos

Outra vez, volto a esse tema. A água é uma concessão pública municipal. É o que define a Lei Geral de Outorga. Portanto, é responsabilidade do gestor municipal adotar medidas para cobrar da Compesa serviço de qualidade, respeito à população e o cumprimento do contrato de concessão.
Diariamente nos meios de comunicação se ouve os pedidos de socorro dos bairros e distritos como Logradouro dos Leões e Barra do Brejo para obter água em casa. A resposta aos ouvintes vem de uma planilha da Compesa, que é um escracho, um desrespeito, informando que o pedido só será atendido em 08, 10 dias, uma escala vergonhosa de fornecimento de água para a cidade.
As pessoas não têm água, medidas não são tomadas, mesmo existindo mananciais com água para fornecer a todos. Já disse em outra momento que essa novela revela falta de planejamento e, mais, de vontade para enfrentar a questão. Pois, se a companhia de saneamento não presta serviço de qualidade, cabe ao município cobrar o cumprimento das obrigações da concessionária de água.
A realidade mostra que não há ação dos poderes executivos – estadual e municipal. A Câmara de Vereadores, o que pensa? Pois é papel dos vereadores representar a população, mas o que se vê é um silêncio dos que comandam o legislativo municipal, com exceção de dois ou três vereadores.
A questão é também do Ministério Público, é assim que penso. A água é um bem de interesse coletivo e, se os poderes – executivo e legislativo - não atuam para resolver a situação, o socorro pode e deve vir de quem tem competência para a agir em defesa dos interesses difusos e coletivos. 
Na falta de solução pelos poderes públicos, ou seja, fornecer água para as pessoas, cabe a sociedade organizada cobrar medidas, ou seja, a coletividade cobrar coletivamente medidas para solução a falta de um bem essencial como a água, um bem da vida. Juntos, sindicatos de professores, rurais e outros, maçonaria, Rotary, associações de bairros, de moradores, ou seja, a sociedade organizada pode cobrar solução de um problema que aflige as pessoas. Pois, uma coisa é certa: a cidade não pode continuar convivendo com a falta permanente de água para a população. 

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