2 de novembro de 2019

O mistério e a beleza da irmã morte (por N.G. Van Doornik)

Nada entendemos da morte, com todo o nosso progresso. Quanto mais o homem progride, mais sabe que a morte, como a vida, é um mistério".

O mistério da vida e da morte é um mistério de pobreza. A vida é de graça. Nada fiz para viver. Os que me deram a vida, com toda sua consciência e bondade, nada sabiam da vida. Não puderam controlar o que deram. Não puderam segurar a vida terrena deles mesmos.

Nada entendemos da morte, com todo o nosso progresso. Quanto mais o homem progride, mais sabe que a morte, como a vida, é um mistério.

Só podemos agradecer. Agradecer pela vida de cada momento, pelo dom de cada momento, e pelos dons da vida dos outros, dos outros seres que a vida nos traz. Só podemos agradecer pelo mistério da vida, que é tão grande que ultrapassa a morte.

Agradecer é viver cada momento intensamente. 
Agradecer é viver.

Não precisamos ter medo da morte se o Senhor da Vida é Amor e nos prova isso a cada momento. Mas só os agradecidos entendem que Ele é Amor.

É claro que a gente tem um pouco de medo, aquele medo que a gente sempre sente como parte da excitação das experiências muito grandes ou muito novas. É um medo vital, pelo qual também podemos agradecer.

Não somos nada, não temos nada, não levamos nada. Mas tudo está ao nosso alcance e tudo pode ser vivido por nós intensamente, a cada momento.

O momento anterior já passou. Teve uma oportunidade única de ser vivido e já se fez passado. Mais assustadora que essa morte que dá a impressão de nos interromper o fluxo da vida é essa outra em que perdemos oportunidades de vida, em que algo passa e não é integrado nem aproveitado.

O texto acima, escrito por N.G. Van Doornik, foi postado pelo portal Franciscanos.org.br, da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

"Os comentários publicados nas matérias não representam a opinião do Blog do Poeta, sendo a responsabilidade inteiramente de seus autores."