Educação e formação ainda é um desafio a ser vencido (por Piúta)


    Dados do relatório (Education at a Glance) divulgado pela OCDE - Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, envolvendo 45 países, mostram o Brasil na posição 41, revelando que educação é um sonho para a maioria dos brasileiros.
O relatório revela que entre os brasileiros de 25 a 34 apenas 21% têm curso superior. Índice menor que países como a Argentina 40%, Colômbia 29%, Costa Rica 28% e Chile 34%. O documento ainda mostra que 67% dos estudantes brasileiros não terminam o curso no tempo previsto, quando a média de atraso é de 33% em outros países.
Na Rússia tem 29,3% da população com mestrado, Luxemburgo 22%. A média OCDE de 12,7%, enquanto no Brasil apenas 0,8% da população têm mestrado. 3,8% da Eslovênia tem doutorado e 2% nos EUA. No Brasil temos 0,2% das pessoas com doutorado, enquanto a média OCDE é 1,1%. Os dados contrastam decisões de cortes de bolsas de estudos para pós-graduação, mestrado e doutorado, e declarações de que o caminho é diminuir o acesso às universidades.
O discurso de que o país gasta mais de outros países com alunos também não se confirma. Enquanto o Brasil gasta US$ 14,2 mil, na OCDE a média e de U$ 16,1. 
O IDEB que avalia as escolas, estabelece metas para níveis fundamental e médio. Escala que vai de 0 a 10. As escolas de Pernambuco atingiram a média no ensino médio o Estado atingiu a meta de 4,0. As escolas do Município atingiram nas séries iniciais 4,6 versus 4,2. Mas nas séries finais do ensino fundamental o resultado foi 3,7 versus 4,0. Ressalte-se que a média menor que 5 numa escala vai até 10 é muito baixa.
Os dados do Enem confirmam que é preciso melhor os níveis de ensino. O jornal Folha de São Paulo tabulou os números de 2018 com 11.200 escolas. Bom Conselho ficou na posição 9.400.
Voltando aos dados da OCDE, relembro que trouxe outro dia a informação sobre a estratégia da Coreia do Sul para educação. Lá falei do avanço tecnológico, agora trago dados de formação naquele país. A Coreia do Sul está no topo do ranking dos países, com índice de 70% da população com formação superior, seguida da Rússia com 63%, Canadá 62% e Irlanda 56%. A média entre os 45 países observados é 44% da população com curso superior, bem acima dos 21% do Brasil.
Os números contribuem para demostrar que o país, aí incluídos estados e municípios, precisa pensar na formação de pessoas, valorizar a educação e ter um projeto para aumentar o nível de escolaridade da população. E, também que estão errados os que fazem coro com informações distorcidas de que a saída é deixar as pessoas sem formação superior, priorizar cursos profissionalizantes de ensino médio e que a universidade é local de uma minoria. Pensamento ultrapassado, dominante até meados do século passado, quando havia mais de 50% de analfabetos e, voltar àquele tempo, não é o caminho. Isto é o que mostram as experiências mundo afora. 

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