OS SERTANEJOS DO PAJEÚ QUE NÃO TEM PROBLEMAS COM A IDADE. ELES QUEREM VIVER MAIS

Nas minhas andanças pelo sertão do Pajeú, pude conhecer sertanejos que vivem melhor após os 60, 70 e 80 anos de idade. Impressionam a vivacidade de cada que conheci. Seu Pedrinho Saturnino, 74 anos de idade, sofreu dois gravíssimos acidentes e está inteiro, contando muitas histórias que me fizeram refletir sobre a sabedoria popular que existe nele.

Seu Zequinha Marinheiro, 86 anos de idade, firme, forte, saudável e gosta de estar na caatinga e receber visitas em sua humilde residência. É o maior latifundiário do município de Flores, tem 4 mil hectares de terra, sua boa parte rodeada de belezas naturais. Foi vereador do município e durante nossa andança por uma parte da sua propriedade, mostrou como está lúcido pelo seu raciocínio lógico e próspero.


Dona Tereza, 84 anos, moradora do sítio Tenório, que fica às margens da rodovia BR-232. Onde dona Tereza mora, está há 40 km de Flores e 35 km de Custódia. Cheia de sabedoria, receptiva, muito falante, educada e atenciosa. Sua simplicidade nos encheu de orgulho ao encontrar pessoas humildes, morando em logradouros que a subsistência é o grande desafio para ter vivacidade. Os obstáculos do lugar não são suficientes para tirar a alegria de viver.

Seu Luiz de Puliça, 60 anos de idade, ex-caminhoneiro, conhecedor da realidade de quem mora no Sudeste do país. Um lutador, um guerreiro, diante de tudo que viveu. Gosta de cantar uma boa música brega, compositor com rico talento musical. Com seu fuscão ano 1972, de cor de caramelo, nos ensinou como devemos ser otimistas com a vida, como devemos ser fortes mesmo diante das dificuldades.

Essa turma da terceira geração também muito receptiva para conosco. A humildade desse pessoal nos impressionou. Olha que tenho viajado muito, em poucos lugares encontrei um pessoal tão caloroso, amigo, leal, atencioso. Trouxe consigo do sertão do Pajeú, uma rica experiência de vida.

Foi com esses novos amigos que desbravamos por uma semana as belezas naturais do sertão do Pajeú.

Foi assim, de braços abertos que o sertão do Pajeú me recebeu. Nesse fuscão nos embrenhamos por grandes veredas no sertão, entre os municípios de Custódia, Flores, Serra Talhada, Calumbi, Betânia e Princesa Isabel/PB.

Até brinquei... Cadê o trem? Essa o trecho da rodovia Transnordestina entre os municípios de Flores e Custódia, sem nenhuma utilidade. Muito dinheiro gasto para nada, quer dizer, serviu para me fazer esse retrato.

Foi conhecendo várias pessoas que aprendemos muito. Foi ouvindo relatos históricos que entendemos de onde vem tanta força de sobrevivência do povo nordestino. Eu, confesso que não troco lugar assim, tão rico culturalmente, para estar em outro país, como exemplo, os Estados Unidos, etc.

Com os idosos que citei acima, no início desse post, aprendi que VIVER independentemente do lugar onde more, é um grande negócio. Quantos jovens, pessoas adultas, se esvaziam e decidem acabar com a própria vida, em vez procurar alternativas para poder olhar para o horizonte e desabafar... Quero viver mais e melhor!

Outras imagens, outras histórias, você vai poder conferir no nosso portal de turismo.
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