A Ferrovia Nova Transnordestina é uma ferrovia brasileira, em bitola mista, projetada para ligar o Porto de Pecém, no Ceará, ao Porto de Suape, em Pernambuco, além do cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins, com extensão total de 1.753 km. No futuro se conectará com a ferrovia Norte-Sul em Porto Franco.
Durante minha travessia pela transnordestina entre os município de Flores e Custódia, ouvi muita reclamação por dois motivos, um, obra abandonada, muito dinheiro gasto, sem nenhuma utilidade. Dois, muitos sítios arqueológicos foram destruídos devido ao grande impacto ambiental em todo o trecho por onde passa a linha férrea.
Já que não passa trem, pude fazer uma self tranquilamente. O ferrugem tomou de conta dos pinos que fazem a amarração da linha férrea. Tanto dinheiro público gasto para nada.
Essa é a serra Vermelha que fica próximo a linha férrea da Transnordestina. Veja como está a vegetação nesse momento.
No portal da Câmara Federal tem uma notícia datada 31/10/2018, com a seguinte manchete: "Concessionária espera retomar em 2019 obras da Transnordestina".
DIZ A REPORTAGEM: "A Transnordestina Logística S.A., empresa privada responsável pela construção e operação da Ferrovia Nova Transnordestina, espera retomar as obras da ferrovia destinada a ligar os portos de Pecém, no Ceará, ao de Suape, em Pernambuco, além do cerrado do Piauí, no segundo semestre de 2019.
A expectativa é apresentar até julho do próximo ano, à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), um novo detalhamento do projeto da obra, iniciada em 2006, para em agosto ou setembro do próximo ano reiniciar os trabalhos". Não foi o que vimos nessa terça-feira, 20/08/2019.
Vejam que nessa região do sertão do Pajeú, o subsolo está em situação de deserto. Os moradores só tem água em casa devido aos carros pipas.
A Furna de Lampião é um lugar misterioso... Somente quem vive na caatinga pode encontrar lugares como esse. Como Virgulino Ferreira vivia de esconderijo a esconderijo, estrategicamente tinha os lugares para ficar de olho em qualquer movimentação estranha nos arredores.
Conta-se que Lampião quando percebia alguma coisa estranha, subia na parte mais alta dessa camada rochosa para ver quem se aproximava ou quando queria dormir, descansar, por exemplo, mandava um de seus cabras para ficar em vigilância.
Essa é a cavidade que se formou por uma erosão há milhões e que na década de 30 serviu de morada temporária em algumas ocasiões por Virgulino Ferreira.
Essa era a vista que Virgulino Ferreira tinha quando estava na boca da furna que fica no início de uma formação rochosa de arenito.
No entorno da serra Vermelha há outras serras com formações das mais variadas.
O mandacaru resiste a altas temperaturas e longas estiagens.
O que dizer de um lugar assim? Sol de rachar. Temperaturas acima dos 30 graus. Vegetação de caatinga. Situação de deserto. Somente os fortes resistem.
O contraste da caatinga. Como ficar com folhagem verde num lugar que água é um bicho de "sete cabeças"?
Os fatos, o imaginário popular e o que a imprensa dizia são postos em confronto, para percebermos que Lampião vai além do rótulo de herói ou bandido. Trata-se de enxergar o cangaço como história, dando um passo no entendimento do que era a estrutura de poder de sociedade no final do século XIX e começo do XX.
Luiz de Puliça, Cosmo Queiroz e Luiz de Venerrê
Com esses três camaradas nos embrenhamos na caatinga para revivermos os passos de Lampião que após enfrentar a Volante paraibana, perdeu um dos seus irmãos, Livino Ferreira, que depois foi degolado. Não se sabe ao certo se foi Lampião que o degolou ou se mandou seus cabras degolá-lo, pois isso era praxe no mundo do Cangaço.
E assim, terminando a nossa saga por histórias sobre o Cangaço no sertão do Pajeú, fui abençoada com esse lindo pôr do sol. Valeu toda a experiência...
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