19 de agosto de 2019

Efeito da crise econômica na indústria POR PIÚTA


ALEXANDRE PIÚTA

Ontem foi publicado estudo que revela o efeito da crise econômica na desindustrialização do país, o reflexo pode ser visto em muitos produtos com expressão “made in...”, do inglês “feito em ou fabricado em” revelando ser um produto feito em outro país. E, em vez de ser o que alguns chamam de globalização, é uma demonstração da diminuição da indústria do país.


O sucateamento do setor industrial tem sido notado nos últimos anos e parece com o que a Argentina viveu no final dos anos 1990, quando naquele país houve a

destruição de sua indústria. No Brasil, em junho passado houve queda de 5,9% nos indicadores da indústria, quando comparados com o mesmo período do ano Passado. No Estado de São Paulo, o mais industrializado do país, houve o maior número de fechamento de indústrias da década. O setor que representava quinze anos atrás 28% da riqueza nacional, fechou 2018 com 21% de participação.

Os setores de serviços e de agronegócios aumentaram no mesmo período de 64% para 73% do PIB nacional. Contudo, a constatação é que esses dois setores não têm feito aumentar a renda média das pessoas. A migração para o setor de serviços seria normal se o nosso país tivesse atingido o estágio de economias maduras, nas quais a migração para o setor serviços têm sido natural e com condições de trabalho similares aos da indústria.

O Brasil tem características diferentes de outros países, aqui a relação de trabalho dos setores de serviço e agronegócio é precarizada, pagam-se baixos salários e quase não há benefícios sociais, com o particular de que o agronegócio também é um concentrador de renda.

Segundo estudos realizados pela Cornell University, dos EUA, quanto mais simplificada e sem inovação é a economia maior é a desigualdade da sociedade. Os dados mostram que indústrias fortes, complexas e tecnológicas se reflete na produtividade e na remuneração do trabalhador.

A crise que afeta todos os setores da economia, na opinião de muitos economistas, só será debelada quando o Estado decidir induzir a economia com investimentos em infraestrutura, educação e ciência e tecnologia.  Pois, para o país voltar a crescer, gerar emprego, renda e alterar a rota atual é precisa acreditara que a transformação só acontece com pesquisa a e inovação.

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