1 de junho de 2019

OS 19 KM DE TRILHA ECOLÓGICA COM A EQUIPE TRILHA NA TERRA DO ÍNDIO - TTI

Alguém poderá perguntar por que faço tantas fotos do Serrote do Vento... Respondo sem medo de errar É a sua beleza geológica e sua localização que me fascina. Por esse ângulo eu estava em cima da serra Velha, há mais de 15 km de distância e consegui com minha câmera proporcionar essa vista sensacional.

Veja a beleza dessa árvore, galhos secos, mas com vida. Lá no fundo está a AL-115 na descida da serra das Espias e mais ao fundo, a serra Grande, já na divisa do município de Bom Conselho/PE com Palmeira dos Índios/AL.

A pedra do Sapo, é a geoforma de uma rocha localizada no cume da serra Velha, zona rural de Palmeira dos Índios/AL. Muita gente passa por esse local, mas de maneira despercebida não enxerga a importância dessa rocha.

A comunidade do Riacho Santo fica há pouco mais de 13 km do centro de Palmeira dos Índios/AL. Os moradores são agraciados pela localização do sítio já que fica numa região de fruticultura, há poucos metros da serra das Espias, Boqueirão e serra Velha.

Percebam que essa cordilheira na divisa de Alagoas com Pernambuco tem uma vegetação de transição, onde uma parte é de caatinga, outra parte resquício de mata atlântica.


Enquanto caminhava com a equipe TTI de Palmeira dos Índios na trilha denominada de Desafio da Serra Velha, a professora Zanza, me chamou atenção para registrar o casal de coruja que estavam em cima de troncos secos. Estava o casal contemplando a beleza do lugar?

Enquanto andava pela serra Velha me deparei com a beleza desse inseto inofensivo. O Bicho-pau é o nome comum dado aos insetos da ordem Phasmatodea, também denominada Phasmida, Phasmatoptera ou Phasmodea, que mimetizam (confundem) pedaços de madeira ou gravetos. 

Existem 13 famílias do bicho-pau, sendo,  523 gêneros e 2.822 espécies de bichos-pau, sendo 591 encontradas na América do Sul. Em vegetações assim, é fácil de localizar, quer, fácil não é, por que deve-se ter um olhar aprimorado.

Até parece que eu estaria próximo, não é? Ah, não! Como tenho uma câmera de qualidade, pude na sombra de uma frondosa árvore na serra Velha, distante uns 15 km de distância, registrar por um ângulo diferenciado esse afloramento rochoso denominado de Serrote do Vento, justamente porque o vento que bate na rocha é cortado como um serrote.

O lugar que deveria ser de mata fechada o roçado vem tomando conta. Aonde deveria ser mata, o desmatamento para se tornar em pastagem para o gado vem tomando de conta do território serrano de Palmeira dos Índios/AL. Se não tem fiscalização, não há reserva de mata e muito menos preservação ambiental.

Lindos campos, árvores frondosas e um clima que muito varia mês a mês. Muitos acham que não tem obrigação de cuidar do meio ambiente, mas, quando a chuva demora a chegar fica reclamando até de Deus.

Veja como está a pastagem que o gado procurar mastigar. Parece cenário daqueles filmes americanos, mas isso é a realidade que presenciamos andando pela região serrana de Palmeira dos Índios que faz fronteira com o estado de Pernambuco.

Já imaginou, abrir a janela de sua casa todas as manhãs e ter essa visão? 
As terras ocupadas pelo município de Palmeira dos Índios constituíam primitivamente um aldeamento dos índios Xucurus, que aí se estabeleceram no meado do século XVII. Tinham esses indígenas o seu habitat cercado de esbeltas palmeiras, bem próximo ao pé da serra onde hoje se ergue a cidade de Palmeira dos Índios.

O nome do município veio, pois, em consequência dos seus primeiros habitantes e do fato da abundância de palmeiras que então havia em seus campos. Os gentios formaram seu aldeamento entre um brejo chamado Cafurna e a serra da Boa Vista. Diz a tradição que mais ou menos em 1770 chegou a região Frei Domingos de São José, conseguindo converter os gentios ao cristianismo. 

Diz a história que posteriormente, o franciscano obteve de D. Maria Pereira Gonçalves e dos seus herdeiros a doação de meia légua de terra para patrimônio da capela que aí foi construída, sendo consagrada ao Senhor Bom Jesus da Morte.

Palmeira dos Índios perdeu os distritos de Igaci (1957, juntamente com Arapiraca que também cedeu parte de seu território para a formação do novo município), Cacimbinhas (1958), Minador do Negrão (1962) e Estrela de Alagoas (1991), elevados a categoria de municípios. Segundo a atual divisão administrativa do Estado, o município é formado por 3 distritos: sede, Caldeirões de Cima e Canafístula.

Quando a ladeira é grande, aí só vai dando uma pausa e recuperar o fôlego, afinal, foram 19 km percorridos em 6 horas de trilha.

Palmeira tem um clima quente e úmido, com máximas de 38º e mínimas de 12º. A estação invernosa inicia-se em maio para terminar em agosto. Há uma variação muito grande quando se trata de vegetação.

Veja que a partir que fomos avançando a região serrana, o clima e a vegetação foram mudando repentinamente.

Por estrada fomos subindo devagarinho os mais de 700 metros de altitude da serra da Catarina. Entre pedregulhos e barro vermelho a subida começou a desafiar os trilheiros.

A fauna no município de Palmeira é constituída por animais silvestre comuns à região, tais como guaxinins, tatus, cassacos, preás, furões, saguins, raposas,  etc. 

Com o desmatamento escancarado, fica difícil encontrar aves como por exemplo, galos de campina, papa capim,  periquito do mato, canários, nambu, condonas, caboclinhos, rolinhas, anuns, gaviões e garças. 

A flora é constituída por fruteiras do tipo umbuzeiro, pinheira, cajueiro e um pouco de mata que estão dando lugar para pastagem artificial. Mas, por essa imagem, fica praticamente impossível termos uma melhor qualidade das frutas produzidas por essa região.

Bom, finalizamos aqui a série de reportagens da trilha de 19 km que percorremos no último final de semana pelas terras dos índios xucurus-kariris.

ATÉ A PRÓXIMA AVENTURA!


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