O Xiquexique é uma espécie de cacto, muito encontrado na Caatinga. Seu corpo é formado por muitos braços, esses protegidos por longos espinhos. Possui frutos arredondados de coloração cinza. As flores são róseas para branco e pequenas. No seu interior conserva água para os períodos secos. Ultimamente alguns fazendeiros da região utilizam essa espécie para alimentar o gado nos tempos de pouca chuva, um risco a mais para esse Bioma que já sofre bastante nas garras do bicho homem. Pode ser usado em ornamentação de parques e jardins.
Foi assim, com esse tipo de paisagem que fizemos a trilha rumo a caverna e pedra do Hipopótamo.
A vegetação da caatinga constitui um tipo de vegetação adaptada à aridez do solo e a escassez de água da região. Dependendo das condições naturais das áreas em que se encontram, apresentam diferentes características.
Quando as condições de umidade do solo são mais favoráveis, a caatinga se assemelha à mata, onde são encontradas árvores como o juazeiro, também conhecido por joá, ou laranjeira do vaqueiro, a aroeira e a baraúna.
Esse é o teto da caverna e pedra do Hipopótamo. Marcas rupestres, rocha granítica. O que se pode imaginar? Um dia foi o fundo do mar e com o balanço da água a rocha criou essa cavidade. Já diz o ditado popular, "água mole em pedra dura, tanto bate que te fura".
Há vegetação no meio da caatinga que resiste a altas temperaturas.
Essa rocha tem a geoforma da cabeça de um pênis. Observe bem que no seu entorno há pinturas rupestres.
Com essa imagem vocês tem a ideia da altura que fica essa caverna.
Percebam que debaixo da caverna há uma rocha áspera, porém, limpa e protegida pela ação do vento. A caverna se forma quando água ácida penetra no solo, entra em contato com rochas calcárias e as dissolve, formando “ocos” no relevo. Esse processo é o que define o surgimento da maioria dos tipos de caverna.
As plantas encontradas nos paredões podem ser rupícolas, quando crescem diretamente sobre a rocha, ou saxícolas, quando se localizam em pequenos platôs ou fendas com solo. Nessas situações, a água que chega escoa rapidamente e os nutrientes são escassos. Por isso, as plantas crescem bem devagar, e muitas têm adaptações especiais para lidar com a escassez de água, como é o caso dos cactos e bromélias formadoras de tanques, que armazenam água, ou das orquídeas e bromélias do gênero Tillandsia, que conseguem captar rapidamente a umidade das nuvens, ou ainda as velózias (canelas-de-ema) e capins-ressurreição, que toleram a dessecação violenta das folhas com posterior re-hidratação das mesmas folhas.
Nas áreas mais secas, de solo raso e pedregoso, a caatinga se reduz a arbustos e plantas tortuosas, mais baixas, deixando o solo parcialmente descoberto.
Veja o quanto a natureza é sabia. Dentro da caverna da pedra do Hipopótamo é tudo bem limpinho. Não há maribondos e nem morcegos para incomodar dentro do espaço. O vento passa por baixo e faz a limpeza.
As rochas estão por todo lugar, e hoje são um dos ambientes terrestres mais bem preservados de todo o planeta, sendo assim importantes refúgios para muitas plantas sensíveis ao fogo, ao gado e a várias outras atividades humanas.
Em diversos estados do Brasil, principalmente no nordeste, toda a área plana foi convertida também em pastos ou plantações, e muitas vertentes de montanhas são alcançadas pelas cabras e pelo fogo, de modo que a escassa vegetação original fica quase sempre restrita às paredes rochosas de difícil acesso.
Bom, finalizo essa série de reportagens sobre a trilha que realizei mais uma vez na zona rural de Venturosa. Foram dezenas de passos, foram horas no meio da caatinga, superando altas temperaturas e passando por vegetação fechada. Os locais visitados foram marco de uma grande aventura ecológica. A todos que colaboraram o nosso muito obrigado. Aos patrocinadores muito obrigado pela confiança em nosso trabalho.
ATÉ A PRÓXIMA!
PATROCINADORES
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