29 de julho de 2018

SERRA DO JACU - UM DOS PONTOS CULMINANTES DO MUNICÍPIO DE BOM CONSELHO

Hoje foi dia de trilha. Subir os 200 metros de altitude da serra do Jacu, na zona rural de Bom Conselho, foi mais uma aventura do Poeta. De cima, podemos ter uma vista panorâmica de encher os olhos.
A cada metro da subida fomos descobrindo as belezas de um lugar que é pouco visitado, porém, o potencial turístico aflora naturalmente. A serra do Jacu está localizada no sítio Jardim, onde seu ao redor tem outros sítios, como por exemplo, a Lagoa do Dô.
Ao longe podemos visualizar um conjunto de serras que margeiam a divisa de Pernambuco com Alagoas. A ventilação suave e arbusto para todos os lados, fazem do ambiente ainda mais encantador.
A região do sítio Santo Antônio, um dos últimos redutos do município de Bom Conselho, está numa localização privilegiada, rodeada de várias outras serras. 
Da serra do Jacu podemos visualizar a comunidade de Logradouro dos Leões e mais na frentes os sítios pernambucanos na fronteira com Alagoas.
Em cima de toda a rocha que compreende a serra do Jacu, encontramos um tipo de árvore que não cresceu, mas, se proliferou por todo o espaço da rocha. O aveló palito-de-fogo é uma arvoreta suculenta formada por caule e ramos enroscados que lhe dão um aspecto diferenciado. 
Essa árvore é uma variação da espécie, tipo, palito-de-fogo , que adquire sob sol forte, belas tonalidades, saindo do verde para cores alaranjadas e avermelhadas.
Em todo o trecho da rocha que forma a serra do Jacu, o aveló palito-de-fogo, está presente, radicado entre as rochas que estão soltas.
A cruz, símbolo do cristianismo, está sempre presente nas serras nordestinas. É comum encontrar cruzes e cruzeiros como pontos culminantes de devoção do povo mais simples. Não é diferente nessa região serrana de Bom Conselho.
Na região do sítio Jardim, encontramos uma planta chamada de rabo-de-burro ou dedo-de-moça, que é uma bela planta suculenta pendente.
A planta dedo-de-moça é resistente e adaptável, cresce saudável em vasos drenados, após arranca-la do solo, mesmo que tenha pedregulho e que seja cultivada a pleno sol ou meia-sombra.

De cima da serra do Jacu, vemos o sítio Lagoa do Dô, uma lagoa que tem uma nascente e que nunca seca. A perenidade dessa lagoa, ajuda no abastecimento para algumas atividades agrícola da região.
A formação de rochas graníticas nessa região, se deu por erosões há milhões de anos. Até a cor das rochas que compreendem a serra do Jacu tem uma tonalidade vulcânica.
O desafio maior de subir a serra do Jacu, não foi a altura, mas, localizar um caminho entre macambiras, urtigas e labirintos em todo o trecho. As pedras que compõem a serra são ásperas em alguns trechos e lisas devido a existência de lodo provocado pela água que desce dos caldeirões no cume da serra.
Veja que de cima da serra do Jacu, há vários caminhos que dão acesso aos sítios circunvizinhos. Próximo a Lagoa do Dô, tem umas estradas que se encontram e parecem as trompas de uma mulher. Tudo é uma questão de visão.
Por esse ângulo pode se ver as serras que dão acesso a mais famosa, serra de São Pedro, por onde passa a rodovia estadual que liga os municípios de Iati-Bom Conselho.
Liberdade e independência acima de tudo. Ao subir a serra do Jacu, com o vento batendo em nossa cara, respirando muito ar puro, tivemos essa reflexão. Não tem coisa melhor do que ser uma pessoa independente e ter liberdade de expressão. A natureza nos proporciona isso.
Ao caminhar pela vegetação que rodeia a serra do Jacu, lembrei do poema de Fernando Pessoa, intitulado de LIBERDADE
Um dos trechos de Pessoa diz: 
Ai que prazer 
Não cumprir um dever, 
Ter um livro para ler 
E não fazer! 

O rio corre, bem ou mal, 
Sem edição original. 
E a brisa, essa, 
De tão naturalmente matinal, 
Como o tempo não tem pressa... 

Grande é a poesia, a bondade e as danças... 
Mas o melhor do mundo são as crianças, 

Flores, música, o luar, e o sol, que peca 
Só quando, em vez de criar, seca. 
Desse lado da serra do Jacu, vemos as serras da Baeta e Grande e logo embaixo, o distrito de Logradouro dos Leões.
Uma pausa para recuperar a respiração e ao mesmo tempo sentir a energia positiva que a natureza apresenta gratuitamente. Até esse ponto tínhamos subido pelo menos 80 metros da escalada. Uma experiência e tanto!

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