Lendo poemas de Fernando Pessoa, poeta Português, deparei-me com o Poema Linha Reta, onde todo o texto narra a hipocrisia do ser humano em todas as suas vertentes. Um dos trechos me chamou atenção, confira:
"Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?"
O antagonismo citado por Fernando Pessoa é uma das interpretações para o título Poema em Linha Reta. Já que existem diversos lados, se a vida fosse traçada graficamente, seria qualquer coisa menos uma linha reta, mas, sim, uma trilha cheia de desvios e lugares obscuros. Porém, em sua busca incessante, o poeta não acha ninguém como ele, “eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo”.
Na terceira estrofe, observa-se um Álvaro de Campos estafado com a hipocrisia. Ciente de que nada irá mudar, o poeta pede, ao menos, que sejam assumidas algumas infâmias ou covardias, pois sabe que ninguém nunca revelará os pecados ou atos de violência.
“Quem me dera ouvir de alguém a voz humana / Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia" / "Que confessasse não uma violência, mas uma covardia”.
Diante dos relatos via poema, Fernando Pessoa, declara a imbecilidade que o ser humano pode carregar em suas justificativas, mesmo quando estiver querendo transformar o ilusionismo em verdades.
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