Prezado,
Faltando
apenas uma semana para o pleito presidencial, gostaríamos de apresentar alguns
números, tendências e constatações extraídas pelas duas últimas pesquisas do
Ibope e Datafolha, nas quais contingente de eleitores indecisos e que, por
algum motivo, pretende anular o voto, representa algo em torno de 28 milhões de
votos. Os chamados infiéis (aqueles que podem mudar o voto) representam
aproximadamente 35% dos eleitores do Brasil, sendo 43%, dos que declararam voto
em Marina; 35%, dos que declararam voto em Aécio e 31%, dos que declararam voto
em Dilma.
Somados
os infiéis, os indecisos e os que podem anular o voto, significa dizer que 51
milhões de votos estão em jogo para serem conquistados pelos principais
candidatos.
Logo,
conclui-se que a presidente Dilma estará garantida no 2º turno e que, ao
analisarmos as tendências de queda de Marina (após o efeito tragédia, onde teve
pico de 36%, caindo para 33%, 31%, 27% e até 25%, na última pesquisa Isto É
Sensus, do sábado passado), observa-se que ela tende a estabilizar entre 24% e
26%, voltando ao patamar das eleições passadas, com um aumento de 4 a 6 pontos,
devido à estrutura partidária herdada do PSB.
Quanto
ao candidato Aécio Neves, após a queda de 21% para 14% (com o efeito tragédia),
vem, de forma lenta e gradual, recuperando ponto a ponto, chegando nesta última
semana a 18%, 19% e 20,7% (este último pela última pesquisa Isto É Sensus).
Levando-se
em conta que, pela lógica, os indecisos que não foram na “onda” Marina e os que
foram e saíram, tem forte tendência a se decidirem por Aécio Neves, candidato
com propostas mais sólidas e confiáveis. Enquanto os eleitores que nas últimas
semanas migraram para a presidente Dilma, diante de uma campanha terrorista
contra a candidata Marina, tem leve tendência a também migrarem para o candidato
Aécio, que se apresenta como mudança segura.
Outro
fator que deve ser levado em consideração são as mudanças que estão ocorrendo
nos Estados de São Paulo e Minas Gerais, que são os dois maiores colégios
eleitorais do país.
Em
São Paulo, na última semana, Aécio subiu 6%, enquanto Marina caiu 4%. E é,
justamente, nesse Estado onde há o maior número de indecisos: 3 milhões de
eleitores.
Ao
passo que, em Minas Gerais, Estado natal do candidato Aécio Neves, apesar de
erros estratégicos confirmados pelo próprio candidato, na fase inicial da
campanha, há uma forte tendência de recuperação; principalmente, pelo apelo
emocional ao povo mineiro, de ter um filho da terra como Presidente da
República.
Logo,
não precisa ser nenhum cientista político para constatar que a disputa entre
Aécio e Marina será voto a voto; e que, considerando as tendências de
crescimento e os fortes palanques estaduais com candidatos bem avaliados
(Geraldo Alckmim, em São Paulo; Beto Richa, no Paraná; Ana Amélia, no Rio
Grande do Sul e Paulo Souto, na Bahia), nos arriscamos a afirmar que o
candidato Aécio Neves ira para o 2º turno, onde teremos uma nova eleição entre
um governo autoritário, corrupto e que desestruturou toda a economia do país; e
um jovem, ex-governador (com aprovação de mais de 92%) e capaz de convencer os
quase 70% de cidadãos que clamam por mudança neste país.
A
título de lustração, se a campanha de Aécio não tivesse cometido erros
estratégicos na região nordeste, que representa mais de 35% do eleitorado
brasileiro, ele, certamente, estaria no 2º turno com uma larga vantagem sobre
Marina,a qual tem forte rejeição nesta região, onde se sente a falta de
confiança do eleitor na sua figura frágil e sem inspirar confiança na
governabilidade. Daí, o aumento significativo de Dilma no nordeste, nas últimas
pesquisas.
Em
alguns Estados do nordeste, como no caso particular de Pernambuco, a campanha
chega a ser vergonhosa, onde os responsáveis por ela foram incapazes até de
fornecer material para formadores de opinião e simpatizantes, que poderiam se
transformar em multiplicadores, mesmo sem estrutura.
CARLOS
BATATA
Ex-Deputado
Federal
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