Quando ela me faz uma cosquinha Dou risada que afrouxo a suspensão
Amolengo o espinhaço e o coração
E navego num beijo apaixonado
Faço um verso jeitoso e afinado
Mais bonito que letra de baião
Vendo a roupa estendida num cordão
Silhueta de minha malandrinha
Um varal empestado de calcinha
Aviventa o respiro da paixão.
Aviventa o respiro e o doidejo
Catuaba pra alma estimular
Mandacaru eclipsando o luar
Nas barrancas profundas do desejo
Estradando nas molas do molejo
Baticum ritimando o coração
E as bandeiras que voam em branquidão
São enxágües que brilham na festinha
Um varal empestado de calcinha
Aviventa o respiro da paixão.
É uma peça rendosa e refinada
Modelada pros traços da viola
Não é calça, calção e nem caçola
Camisola, anágua ou “baby-dó”
Este traje é dos trajes o menor
Provoqueiro, faceiro e brincalhão
Cobre o ímã-do-mundo com razão
Mas com ela é melhor do que nuinha
Um varal empestado de calcinha
Aviventa o respiro da paixão.
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